'Calanguinho' é preso suspeito de chefiar grupo que furtava Hilux para trocar por drogas no Paraguai e Bolívia
29/12/2025
(Foto: Reprodução) ‘Calanguinho’ é preso suspeito de chefiar grupo que furtava Hilux para trocar por drogas no Paraguai e Bolívia.
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Francisco Hélio Forte Viana Filho, conhecido como “Calanguinho”, foi preso no bairro Parangaba, em Fortaleza, no último sábado (27). Ele é apontado pela Polícia Civil como chefe de um grupo criminoso que furtava caminhonetes de luxo, como Hilux e SW4, para vendê-las ou trocá-las por drogas em países como Paraguai e Bolívia.
O suspeito tem 29 anos e antecedentes criminais por tráfico de drogas, fraude processual e receptação. O grupo criminoso, do qual ele seria chefe, integra a facção Comando Vermelho. O advogado Taian Lima, que representa a defesa de Francisco Hélio, confirmou que ele estava foragido por dois processos, mas argumentou que não há provas suficientes para condenação (veja a nota na íntegra abaixo).
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A prisão ocorreu após uma abordagem de rotina da Polícia Militar, na Avenida 1º de Janeiro, no bairro Parangaba. O suspeito, que estava anteriormente foragido no Rio de Janeiro, tentou fugir após reagir à abordagem, mas foi capturado após perseguição.
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A Polícia Civil do Ceará, por meio da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), identificou que o grupo atuava principalmente no Ceará, na capital e região metropolitana, furtando caminhonetes de luxo para vendê-las ou trocá-las por drogas no Paraguai e na Bolívia. A quadrilha também tinha forte atuação no Distrito Federal.
Atuação do grupo criminoso
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Segundo a Polícia Civil do DF, os veículos furtados passavam por adulteração dos sinais identificadores antes de serem levados para estados com fronteira com países produtores de matéria-prima para drogas ilícitas, onde eram trocados, geralmente, por cocaína e maconha.
Além disso, o grupo inseria os veículos furtados no mercado clandestino e comercializava peças após o desmanche. A organização era estruturada em quatro núcleos: Estratégico, Operacional, Logístico e Financeiro.
O núcleo estratégico comandava a estrutura criminosa, planejava os furtos, coordenava as ações e fornecia equipamentos para burlar sistemas de segurança dos veículos, que se destacam pelo alto valor comercial e tecnologia avançada.
A Polícia Civil do Ceará informou que, com o cumprimento deste mandado, toda a quadrilha investigada pela Operação Rapinas foi desarticulada e está presa. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou 32 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema.
A investigação também aponta indícios de envolvimento do grupo com tráfico de drogas e armas. Os integrantes responderão por associação criminosa, lavagem de dinheiro, furtos noturnos qualificados pela participação de duas ou mais pessoas e fraude com uso de dispositivo eletrônico, além de roubo qualificado.
Nota de Taian Lima, advogado da defesa de Francisco Hélio
"De fato, o nosso constituinte estava foragido por conta de 02 mandados de prisão preventiva em seu desfavor. O primeiro, expedido pela justiça alencarina, estando a ação penal está em grau de recurso, oportunidade em que pleiteamos a absolvição por insuficiência de provas.
A apelação deverá ser julgada em 2026. O segundo, decorrente da Operação “Sakichi”, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, tendo sido encerrada a instrução criminal e atualmente em fase de memoriais (de acusação e defesa).
Em ambos os processos a defesa técnica entende que não foram produzidas provas suficientes para sustentar uma condenação. Não há sequer um único liame entre Hélio e a suposta quadrilha especializada em furtos de caminhonetes e luxo."
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